sábado, 4 de junho de 2011

NOSSA MEMÓRIA DE CADA DIA



Repassando o texto, antes do primeiro e único espetáculo infantil
de J. Astrevo  "Ducatiribute" , no violão Lioniê Vitório (será que toca?)
 Teatro da ETF-MT / 1992

Estúdio da TV Gazeta - Programa "Porteira Aberta" - 1997
Cuiabá/MT


Super close do Lau (imagem da TV) umas das primeiras aparições da personagem.
Foto: Dudda Araújo/1996

              

               Não é verdade absoluta que temos uma memória seletiva. Não lembramos daquilo que somente queremos lembrar. Muitas vezes nossa memória insiste em nos incomodar com infortúnios passados. Às vezes doces lembranças tomam conta de nossa alma. É assim mesmo, para o bem e para o mal. Conviver consigo mesmo no mais profundo silêncio é a arte de se aturar, é o eterno enfrentamento insolúvel. Há que se tirar aprendizado disto para nos tornamos seres melhores. Aquele negócio de olhar pra dentro e enxergar seus pensamentos e suas realizações. É nesse momento em que nos orgulhamos ou nos decepcionamos com nossa obra, e por conseqüência, com o que somos.
               É possível varrer para baixo do tapete experiência negativa vivida? No plano pessoal talvez seja. Ela esta ali, mas você não evoca, faz questão de sufocá-la para não ter que se aborrecer, e por vezes, se crucificar.
              Agora quando a memória é coletiva, aí é mais difícil driblá-la, por mais que você insista em esquecê-la haverá sempre alguém para te lembrar. Um acontecimento de domínio popular, protagonizado por alguém, irá perturbá-lo pelo resto da vida. Seja você uma pessoa comum, seja um homem público. Aliás, se for homem público, é dez vezes pior, às vezes insuportável. Sobretudo se for um fato histórico.
             Estamos assistindo o congresso nacional fingir que não aconteceu o impeachment. E o Presidente do Senado tentando justificar que a derrubada de um Presidente não tem significados relevantes para a nação. Ora pois! Uma exposição que pretende retratar fatos históricos que marcaram a vida do país não pode cometer esse lapso de ignorância. Por mais constrangedor que seja para o então Presidente, hoje freqüentador da casa, na qualidade de Senador. É tentar ser esperto demais querer varrer para baixo dos porões do congresso uma memória como essa.
             Naquele momento histórico, reafirmou-se nossa democracia, nós jovens pintamos e mostramos a cara e um Presidente foi destituído do poder. Isso por si só constitui fato que transpõe a barreira do tempo e é lembrança para não ser esquecida. Neste caso é melhor esquecer o Presidente do Senado, ah! Que também já foi Presidente da República.


J. Astrevo Aguiar - Autor, diretor e interprete da personagem Lau.



Zanzibar - Personagem que deu origem ao Nico
Peça: Balada Para Diagnosticar Demente - 1993
Grupo Folhas de Teatro

J. Astrevo no espetáculo "Pressão Baixa" - 1994
Cia. Folhas de Teatro

Os atores Eliane, Leal Tadeu e J. Astrevo / 1988
Teatro da UFMT
Peça: Fantasmas e Vinhos - Grupo Folhas de Teatro

Leal Tadeu e Lioniê Vitório - 1989
Peça: Último Baile de Verão
Teatro da ETF/MT - Grupo Folhas de Teatro

Paula Fernandes (Maria Izabel)  e Lioniê Vitório (Zanzibar)
Peça: Balada Para Diagnosticar Demente
Teatro da UFMT - Cuiabá/MT - 2002
Grupo Folhas de Teatro

Primeiro programa de Nico e Lau - 1995
Violeiro: Hélio Pimentel
"Porteira Aberta - Revista da Manhã" TV Gazeta / Rede Record
Cuiabá/MT


 

Nico e Lau Produções Artísticas
(65) 3627.1244

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