sexta-feira, 22 de maio de 2015

Nico e Lau apoiam iniciativa que protege as águas do Pantanal



A dupla “Nico e Lau”, criada pelos atores Lioniê Vitório e J. Astrevo, divulgará o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, uma aliança de mais de 70 entidades para preservar as águas das nascentes e dos rios de 25 municípios de Mato Grosso. Os dois estamparão outdoors em diversas cidades de Mato Grosso, além de fazer a locução de três spots de rádio divertidos sobre o Pacto. 

Lioniê Vitório, o Nico, de 39 anos, nasceu em Santo Antônio de Leverger. Formado em Artes pela Universidade de Cuiabá (Unic) com pós–graduação em Patrimônio Cultural, começou sua carreira de ator em 1986 no Grupo Ânima de Teatro na antiga Escola Técnica, hoje IFE-MT. Justino Astrevo de Aguiar, o Lau, de 44 anos, nasceu em Cuiabá. Formado em Letras pela Universidade Federal de Mato grosso (UFMT) com pós-graduação em Planejamento e Gestão Cultural pela Unic, começou sua carreira artística em 1980 quando fundou a Cia Folhas Produções. Os dois se conheceram em 1989 quando Vitório foi convidado por Astrevo a participar do espetáculo “Último baile de verão” de sua autoria. A dupla “Nico e Lau” foi criada em 1995. 

Para J. Astrevo, divulgar uma iniciativa que tem por objetivo cuidar dos recursos hídricos das cabeceiras do Pantanal é um grande desafio. “É privilégio e ao mesmo tempo uma responsabilidade social que nos toca profundamente como artistas e como cidadãos preocupados que somos com o uso da água em nosso estado”, afirma Astrevo. “O fato de termos água em abundância em nossa região não nos permite sermos desatentos com a proteção, justamente para garantirmos abastecimento adequado e qualificado para as gerações futuras. A água é nosso mais importante patrimônio, temos que cuidar bem dele”, completa o ator. 

“Utilizar nossa imagem, de artistas populares, nessa causa, nos motiva e nos orgulha”, diz Lioniê Vitório. “Nossa expectativa é a de para que o Pacto seja conhecido pela população e ganhe adesão dos usuários de água e dos governos, por meio da campanha publicitária que protagonizaremos com muito orgulho”, conclui. 




O Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal

Em 2012, um estudo realizado pelo WWF-Brasil e diversos parceiros identificou que as porções altas dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaça, no Mato Grosso, estavam sob alto risco, requerendo ações de preservação e recuperação urgentes.

Desde então, surgiu a necessidade de pensar em um projeto para cuidar da água da região e mais de 70 entidades do setor público (governo do Estado de Mato Grosso, prefeituras, câmaras municipais e de vereadores), do setor privado (empresas, indústrias e agronegócio) e da sociedade civil organizada (organizações não-governamentais, sindicatos e associações) se uniram para desenhar um projeto. “O nome Pacto foi escolhido para essa aliança porque representa o compromisso de cada um dos envolvidos”, explica o coordenador do programa Água para Vida, Glauco Kimura de Freitas.

O grupo listou 34 soluções para os problemas relacionados às cabeceiras do Pantanal. A entidade que decidir assinar o Pacto se compromete voluntariamente a implementar em sua localidade pelo menos três, das 34 ações, que preservem as nascentes e os rios. 


O prefeito Julio César Florindo se comprometeu em implantar na cidade três ações que beneficiem as águas das cabeceiras do Pantanal: promover debates sobre experiências bem sucedidas de negócios sustentáveis em áreas produtivas e de serviços; planejar a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e recuperar duas nascentes do município; buscar mecanismos políticos e financeiros para adequação ambiental de até 10% das estradas rurais até 2020.

A participação de cada instituição pode ser feita com recursos técnicos e/ou financeiros, é a instituição que escolhe a melhor forma. Essas ações podem ser desde a recuperação de áreas degradadas, recuperação de nascentes, recuperação de matas ciliares, melhoria da qualidade da água dos rios, adequação ambiental de estradas rurais e estaduais, melhoria do saneamento básico ou até mesmo a troca de experiências de educação ambiental existentes na região.

Além disso, a parceria entre as entidades do Pacto possibilitou a instalação de 40 biofossas nas zonas rurais desses municípios, evitando que dejetos humanos cheguem aos rios e melhorando a qualidade de vida dos produtores que passam a ter saneamento básico e um biofertilizante para regar árvores frutíferas.

Outro resultado positivo é que os municípios de Tangará da Serra e Mirassol d’Oeste foram selecionados pela Agência Nacional de Águas (ANA) para receber recursos financeiros que serão destinados à implantação de projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)(http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/agua/agua_news/?42802/Dois-municpios-de-Mato-Grosso-aderem-ao-Pagamento-de-Servios-Ambientais-PSA ), por meio do Programa Produtor de Água. Assim, em breve, os produtores dos dois municípios serão remunerados financeiramente pela proteção das nascentes e dos boas práticas agropecuárias e do manejo do uso do solo.
 recursos hídricos locais, pela conservação das matas ciliares e pela implementação de
A área de atuação do Pacto abrange 25 municípios do Mato Grosso: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da Serra.

Fonte: Renata Andrada Peña - Comunicação - Programa Água para Vida