quarta-feira, 10 de junho de 2015

WWF-Brasil, governo e prefeituras de Mato Grosso se unem pela preservação das águas do Pantanal.



Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Pantanal ganhou um presente: a união do governo do estado de Mato Grosso, 25 prefeituras e entidades da sociedade civil, entre elas o WWF-Brasil, pela recuperação de 700 quilômetros de rios e pelo menos 30 nascentes de uma área percorrida pelo rio Paraguai e afluentes como Sepotuba, Cabaçal e Jauru.

Lançado no dia 8 de junho, em Cuiabá, o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal foi idealizado pelo WWF-Brasil em 2012, quando um estudo mostrou que a área onde nascem 30% das águas que alimentam a planície pantaneira e garantem o abastecimento de municípios onde vivem e trabalham pelo menos três milhões de pessoas estava em alto risco ecológico.

Durante o evento de lançamento, o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, representando o governador Pedro Taques, disse esperar que o Pacto seja um exemplo para que outras regiões passem também a cuidar de seus recursos hídricos e do meio ambiente. “Mato Grosso tem muito orgulho de ser produtor de alimentos, mas temos que ter também muito orgulho do nosso ecossistema e da nossa biodiversidade”, disse o vice-governador. “De agora em adiante, nós também nos orgulharemos de ser um estado sustentável e isso é um orgulho presente e para as futuras gerações”, completou Fávaro.

A secretária de estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Ana Luiza Peterlini também elogiou a aliança, responsável por unir setor público, setor privado e sociedade civil organizada na mesma causa. “Não se defende o meio ambiente se não houver o envolvimento de toda a sociedade; ele não deve ser defendido somente porque é bonito, mas porque precisamos garantir qualidade de vida para todos”, disse. Segundo Peterlini, o desenvolvimento só é possível com a proteção das águas: “É possível preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo garantir o desenvolvimento? Não é possível, é necessário! Se não protegermos as nascentes e rios não conseguiremos garantir água para consumo, para produção, enfim, para todos os usos”, afirmou.

Carlos Nomoto, secretário-geral do WWF-Brasil, que também esteve presente no evento, reforçou a importância da Organização na conservação do Pantanal, “o reino das águas”: nossa missão é trabalhar por um planeta onde as pessoas vivam em harmonia com o meio ambiente e o Pacto, que está sendo lançado hoje, mostra o potencial de uma ação quando é produzida em conjunto por toda a sociedade.
 


  


Próximos passos 
O WWF-Brasil e o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, já elaboram um plano de trabalho para definir a implementação do Pacto. O cronograma com a definição das datas de execução de diversas ações para preservar as nascentes e rios da área das Cabeceiras do Pantanal deve ser divulgado em julho.
Adesão total 
A região das Cabeceiras do Pantanal abrange 25 municípios do Mato Grosso, sendo eles: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da Serra.

Além do próprio governo de Mato Grosso, todos os prefeitos dos 25 municípios assinaram, no dia 8 de junho, a adesão ao Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, e portanto, se comprometeram a trabalhar na recuperação dos recursos hídricos da região.
Saiba mais sobre o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal

O Pacto é uma aliança entre o setor público (por meio do governo federal, estadual, prefeituras e câmaras de vereadores), o setor privado (empresários, principalmente representantes do agronegócio e do setor elétrico) e a sociedade civil organizada (organizações não governamentais, sindicatos e associações).

O grupo coordenador do Pacto listou 34 soluções para os problemas relacionados às cabeceiras do Pantanal. A entidade que decidir assinar o Pacto se compromete voluntariamente a implementar em sua localidade pelo menos três ações que preservem as nascentes e os rios.

A participação de cada instituição pode ser feita com recursos técnicos e/ou financeiros, é a instituição que escolhe a melhor forma. Essas ações podem ser desde a recuperação de áreas degradadas, recuperação de nascentes, recuperação de matas ciliares, melhoria da qualidade da água dos rios, adequação ambiental de estradas rurais e estaduais, melhoria do saneamento básico ou até mesmo a troca de experiências de educação ambiental existentes na região.


Fonte: WWF/Brasil
Fotos: Rai Reis / WWF/Brasil
Artes: Mercatto / Foto: Fablício Rodrigues




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